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aqui em salvador (não tenho conhecimento deste problema em outras cidades) já há alguns anos vem se popularizando uma prática que me deixa fora de mim: pessoas instalam equipamentos de som super potentes nos seus carros e os ligam em locais públicos.
o que quero lembrar aqui é que como o som se espalha no ambiente fazendo com que todos ouçam-no (quem quer e quem não quer ouvir tem que ouvir, é obrigado a ouvir) isto se torna um problema de todos, afeta a todos, é um problema público e não privado. Por exemplo: um determinado condomínio de prédios onde nos fins de semana algumas pessoas ligam o som potente do seu carro afetando a vida de todos. digamos que existam pessoas que não queiram ouvir som, como idosos, doentes, pessoas que queiram ler, estudar, escutar outro tipo de som dentro de casa, ou assistir a um vídeo, ou simplesmente descansar ou dormir. o que fazer?
como fazer o silêncio (também) existir dentro de uma sociedade totalmente esquizofrênica e voltada para a banalização dessa esfera monstruosa do barulho úbiquo advindo de nossa enorme maquinosfera?
mais um caso seríssimo de saúde pública. o barulho nos adoece. Estamos todos doentes. Já não sabemos ouvir..
aqui em salvador (não tenho conhecimento deste problema em outras cidades) já há alguns anos vem se popularizando uma prática que me deixa fora de mim: pessoas instalam equipamentos de som super potentes nos seus carros e os ligam em locais públicos.
o que quero lembrar aqui é que como o som se espalha no ambiente fazendo com que todos ouçam-no (quem quer e quem não quer ouvir tem que ouvir, é obrigado a ouvir) isto se torna um problema de todos, afeta a todos, é um problema público e não privado. Por exemplo: um determinado condomínio de prédios onde nos fins de semana algumas pessoas ligam o som potente do seu carro afetando a vida de todos. digamos que existam pessoas que não queiram ouvir som, como idosos, doentes, pessoas que queiram ler, estudar, escutar outro tipo de som dentro de casa, ou assistir a um vídeo, ou simplesmente descansar ou dormir. o que fazer?
como fazer o silêncio (também) existir dentro de uma sociedade totalmente esquizofrênica e voltada para a banalização dessa esfera monstruosa do barulho úbiquo advindo de nossa enorme maquinosfera?
mais um caso seríssimo de saúde pública. o barulho nos adoece. Estamos todos doentes. Já não sabemos ouvir..
2 comentários:
E assim o é nos interiores da Bahia onde morei ou passei.
E assim é também na zona rural por onde trabalho. Parece incrível chegar naquele lugar distante do centro de uma cidade do interior, distante mesmo, (quilômetros), ver as casas super-simplies, pequenas, muitas sem reboco, algumas ainda de taipa, ir chegando perto e perceber que o som de dentro da casa está tão alto que o morador não consegue ouvir o "ô de dentro!"
E tudo ao redor é quieto. Quase não tem motor. Somente aquele hábito perturbador do som alto que me faz realizar que estamos todos no mesmo mundo, que a separação campo-cidade está em outra dimensão.
Além de tudo, o silêncio assim como a pausa, a reflexão, a paciência, o timing menos acelerado incomodam a muita gente!
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